terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pizza pra janta

Pediu uma pizza. Marguerita e peperoni. Estava com fome, sentia que poderia comer a pizza sozinho. Tamanho família. Como brinde da casa, ainda viria uma pizza pequena doce, sabor chocolate com castanha.

Era um pouco tradicional em termos de pizza. Odiava as combinações pós-modernas. Pizza de strogonoff, pizza de picanha, pizza de feijão. Fora as combinações pavorosas com catupiry, o que lhe dava asco. Mas, tinha que dar o braço a torcer, a pizza de chocolate lhe havia agradado. Sua porção italiana torcia o nariz, mas era inegável o prazer que sentia ao comer. E, como era brinde, não iria recusar.

De brinde vinha também um refrigerante 2 litros à sua escolha. E a escolha era óbvia. Coca-cola. Assim como nas pizzas, também era bem conservador quanto aos refrigerantes. Coca-cola, guaraná, sprite. Só tomava desses. Mas aceitava que tomassem Fanta, até mesmo uva, porque eram tradicionais. As invenções (fanta tangerina, coca-cereja, com limão, H2Oh, etc), estava fora.

Cheio de verdades e senhor de si, colocou a mesa pra um. O jogo americano, o prato, o garfo e a faca. Um copo, o balde de gelo (como estava calor!) e o porta-guardanapos. Colocou também a garrafa de azeite de oliva, que caia muito bem nas pizzas. Catchup e maionese eram heresias. Nisso, seu lado italiano era imperdoável.

A pizza chegou. Abriu a embalagem em cima da mesa. Cheirosa como se fosse a última pizza do mundo. Parte verdade, parte fruto da fome intensa que sentia. Cortou a pizza em 8 fatias, simplesmente para ter um controle tradicional, porque, no fim das contas, só havia ele pra comer.

Sentou e comeu.

E por um instante, vacilou, desejoso de não estar jantando sozinho.

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