Falhara.
Pela primeira vez, perdia um prazo. Atrasava. Não conseguia saber, exatamente, o que o impedira de cumprir com a tarefa acordada. Tinha alguma idéia, contudo.
Colocou a arma de lado e começou a avaliar se valia à pena continuar com tudo aquilo. Se esse atraso não seria um sinal de que deveria parar. Afinal, os paradigmas mudavam agora. Perdeu a qualidade que mais lhe orgulhava, de cumprir com a meta estabelecida. Se orgulhava de nunca ter falhado nesse ponto.
Mas, hoje, falhara. Já passava da meia noite e ele não havia executado a tarefa. Pior, começava a questionar, não só seus métodos e estratégias, como a validade daquilo tudo. Não sabia quem era o alvo de sua empreitada. Nunca soube, nunca quis saber. Gostavam disso nele. E ele gostava de ignorar. A ignorância era uma benção nesses casos.
Mas, agora, era diferente.
Ele era diferente.
Algo nele estava diferente.
Agora via mais claramente o que o tinha desnorteado na noite anterior, e feito com que atrasasse a consumação do fato. Um telefonema. Duas palavras. Um resultado.
Seria pai pela primeira vez.
Modus operandi da escrita
Há 9 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário